quarta-feira, 26 de abril de 2017

As reformas educacionais e a flexibilização dos direitos trabalhistas são medidas eficazes como reafirma as propagandas do governo?








O governo Temer vem por meio de propaganda e junto do congresso realizando uma série de reformas, que não apenas são impopulares como contraproducentes com o desenvolvimento do país (com um projeto de nação). O argumento seria que essas reformas trariam a melhora que o país precisa para crescer novamente, mas até agora o que se tem visto é a reafirmação de políticas e projetos de uma nação que morre de inanição. As reformas educacionais promovidas pelo governo, são a diluição de tudo que foi construído nos últimos anos, além de colocar em xeque agora todos os direitos trabalhistas com a reforma da previdência e o projeto de terceirização.


As poderosas forças plutocratas se mobilizaram estes últimos anos no Brasil, fazendo um forte lóbi para implementar uma agenda de vulnerabilidade social. Vulnerabilidade esta que as coloca em condições que dificultam sua resistência e limita muito suas alternativas, restando-lhes aceitar serem extorquidas por quem tem maior poder econômico e de barganha em troca de um (sub) emprego. Poder o suficiente para lhes deixar em posição de abrir mão de direitos trabalhistas e uma educação de qualidade e ampla em troca de uma situação econômica melhor, pelo mesmo no que se tem prometido, caso queiram comer – como se morrer de inanição fosse uma escolha de qualidade diferente de morrer de qualquer outra coisa.

O fato real hoje no país é que vivemos a precarização generalizada, além de uma crescente onda de conservadorismo desde 2013 e com os resultados da última eleição presidencial, que culminou no congresso mais conservador desde de 1964 como afirma a Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Após o afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff, uma agenda fortíssima neoliberal vem sendo implementada pelo governo Temer, que em propagandas na mídia diz que a educação vai formar profissionais na escola direto para o mercado de trabalho (não sabemos que mercado, já que não há oferta de emprego). Qual o propósito último deste grande aparato ao defender a precarização, talvez até o regime de servidão por dívidas? É o de, considerando que a desigualdade está à beira de um extremo insustentável, convencer as pessoas de que elas precisam da desigualdade social para se sentirem recompensadas pelos esforços na vida e verem nela a afirmação de seu valor próprio.

A única coisa pior que governo de mais é governo de menos. Nos dois casos a liberdade não passa de uma ilusão. Sendo assim uma maneira de manter o privilégio de classe que ela próprio financiou a crise, além de se mostrar totalmente ineficazes enfrente aos problemas acumulados no país. Se temos que tomar uma medida para repensar, essa hora é agora!
Não cair na velha propaganda do formar para trabalhar que é melho
r.

Por: Samuel Aguiar
Assistente do projeto prodocência
Publicações regulares toda quarta-feira

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